sábado, 14 de fevereiro de 2015

Ferida















Você nem apetece
Parece
Que me esqueceu de vez
E se lhe procuro
No escuro
Rogando um carinho, talvez,
Você me destrói
Não parece, mas dói
Foi um corte profundo
Que cada vez vai mais fundo
Não quer cicatrizar
Eu sacudo a poeira
Dou a volta por cima, faceira
E você volta a me ferir
Com palavras e gestos
Assim, como um manifesto
Põe tudo a ruir


(24/08/1981)

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