terça-feira, 10 de março de 2015

Em fúria
















Teus olhos vertem
A fúria da ira
Que em ódio convertem
O que por mim sentira.
O sangue que em tuas veias correm
Não parecem sangue,
Mas sim lavas que expelem
Um vulcão em erupção.
Tuas mãos de carícia
São garras que arranham,
Imitando delícias,
Matando os que sonham.
Teu olhar lança setas mortais
Que ferem minha alma.
Por mais que me esconda
Elas me farejam e me acertam.
Aquele bichinho chamado ódio
Percorre por teu corpo
E me queres morta e estirada no chão,
Tu me olhas e me agrides
O sangue te sobe a cabeça
E não tem mais solução


(15/12/1982)

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