Meu
coração sangra,
Atordoada
permaneço atenta,
Mas
a voz que fala some de meus ouvidos.
Passo
a ouvir a voz de uma pessoa distante
Que
neste mesmo instante nem lembra que eu existo.
Seu
nome transtorna meus pensamentos,
E
a sensação de sua presença é como espada de dois gumes
A
retalhar minha alma.
Esforço-me
para não desligar-me de mim mesma
E
para não me deixar
A
mercê de meus pensamentos.
Dei
uma pausa para mim,
Saí
da sala, caminhei pela avenida,
O
frio corta minha pele
Como
o meu amor corta meu coração.
Telefonei
procurando alguém para me encontrar,
Não
estava lá.
Olho
ao redor,
Há
muitas pessoas na rua, mas não vejo ninguém.
Ainda
estou atônita,
Volto
à sala,
As
vozes ainda falam,
Mas
é como se zumbissem no meu ouvido.
Meu
pensamento está distante,
Meus
olhos ardem como se tivessem chorado muito.
Releio
o que escrevi,
Acho
que morrer não é tão triste quanto amar.
Revolto-me,
Não me conformo em perder o meu amor.
Lutarei
até ao fim
Mesmo
que para isso
Eu
tenha que ver a minha morte.
Já
são dez horas da noite,
Eu
penso em você, meu amor,
Eu
te quero muito.
(06/05/1982)
Colocou_me na cena. Logo amei.
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